O padrão de beleza é uma das pautas principais de discussão entre as mulheres, seja para combatê-lo ou mesmo para tentar se encaixar no que é estabelecido socialmente como “bonito”. A representatividade da figura feminina estampada nos meios de comunicação são, em sua maioria, de mulheres magras, brancas e com belos cabelos longos e lisos. Cabelos cacheados e/ou crespos sempre foram denominados com termos pejorativos como “ruins”, “pixains”, entre outros. Esses termos, associados aos cabelos cacheados e/ou crespos são advindos de uma cultura racista, consequência dos longos anos de escravidão, onde pretos eram considerados “uma raça inferior”. Pois bem, agora muitas mulheres estão se desassociando dos padrões preconceituosos e excludentes, enaltecidos durante tantos anos, e se reapropriando da sua beleza individual que é característica das misturas históricas entre os povos. Devido a essa libertação dos padrões de beleza, nos últimos anos, várias mulheres estão assumindo suas madeixas encaracoladas, abandonando as escovas e secadores. Com isso os cachos ganharam maior destaque, assim como a sua variedade. Os tipos de cabelo são classificados entre 1 e 4, sendo o tipo 1 classificado como liso, tipo 2 como ondulado, tipo 3 como cacheado e tipo 4 como crespo, variando de “A” a “C”. Uma pessoa pode apresentar mais de um tipo e mais de uma variação de tipo de cabelo, por exemplo, um cabelo pode ter cachos do tipo 3A, 3B e 2C.

Essa função visa, a partir de dados de comprimento do cacho com diferentes aplicações de força, utilizando a Lei de Hooke e o cálculo da constante elástica, estabelecer quantos e quais tipos de curvatura diferentes de cabelo uma pessoa tem, assumindo que os tipos de cabelos são consequências de diferentes elasticidades.

Lei de Hooke F = k . Δl , onde F: força aplicada sobre o corpo elástico, K: constante elástica, Δl: deformação da mola

e o cálculo da constante elástica k = ΔF/Δx, onde Δx é o alongamento sofrido com a aplicação de peso (ΔF) no cabelo (Xn - X0). A intensidade da força elástica é diretamente proporcional a deformação de x.

cachos (comprI, comprF, tipos, força).

• comprI = vetor com valores de comprimento do cabelo concatenados, em Metros (classe: “numeric”).
• comprF = vetor com valores de comprimento do cabelo esticado concatenados, em Metros (classe: “numeric”).
• tipos = número de tipos diferentes de curvatura de cachos (classe: “integer”, tipos > 0).
• força = peso aplicado para esticar os cachos, em Kg (classe: “numeric”).

• class(comprI) == “numeric”.
• class(comprF) == “numeric”.
• class (tipo) ← “integer”.
• length(comprI) == length(comprF).
• comprI == comprF —–> #TRUE: valores finais iguais aos valores iniciais, o cabelo não apresenta curvatura.
• length(comprI) == tipo —–> #FALSE: meça todos os diferentes tipos de curvaturas de cachos. Caso você estime que tenha 3 diferentes tipos de cachos, por exemplo (ex. 3A, 4B, 2C), meça o comprimento inicial de todos.
• if (força == NULL) {stop(“forneça o valor do peso usado para alongar o cabelo, em Kg”)}

1. peso ← força*10 #convertendo Kg para N.
2. alongamento ← comprF - comprI.
3. K ← peso/dif #constante elástica.
4. Criar data frame: data ← data.frame(força, comprI, comprF, peso, alongamento, K).
5. Ordenar os valores de K em ordem crescente → order(data$K, decrasing = F) ##menores valores: cabelo mais curvado.
6. Plotar os seguimentos entre o comprimento inicial e final, para análise visual.
7. Calcular as médias e desvio padrão do comprI e comprF.
8. Separar a variável K em fatores de acordo com seu valor, a partir de um critério (1, 2, 3 ou 4).
9. Caso tenha mais de um valor em cada fator, separá-los em 3 sub-fatores (A, B, C).
10. Calcular a porcentagem para cada um dos fatores.

• comprimento médio dos cabelos enrolados (+- desvio padrão)
• comprimento médio do cabelo “esticado” (+- desvio padrão)
• Tipos de cabelo e a porcentagem de cada tipo