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Sou bióloga, graduada como bacharela pelo Instituto de Biociências (USP) e licenciada pela Faculdade de Educação (USP). Possuo grande interesse na área de Genética, especialmente em Biologia Molecular. Trabalho desde 2013 no Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias, a cargo da Profa. Dra. Lygia da Veiga Pereira, no grupo que pesquisa Síndrome de Marfan. Atualmente, tenho intenção de fazer pós-graduação no Laboratório de Drosofilídeos sob orientação da Profa. Maria Vibranovski, cuja principal linha de pesquisa é a evolução genômica. Além disso, tenho grande apreço pela educação em Ciências, tendo participado de diversos projetos de extensão universitária e atuado como professora em cursinhos populares. | Sou bióloga, graduada como bacharela pelo Instituto de Biociências (USP) e licenciada pela Faculdade de Educação (USP). Possuo grande interesse na área de Genética, especialmente em Biologia Molecular. Trabalho desde 2013 no Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias, a cargo da Profa. Dra. Lygia da Veiga Pereira, no grupo que pesquisa Síndrome de Marfan. Atualmente, tenho intenção de fazer pós-graduação no Laboratório de Drosofilídeos sob orientação da Profa. Maria Vibranovski, cuja principal linha de pesquisa é a evolução genômica. Além disso, tenho grande apreço pela educação em Ciências, tendo participado de diversos projetos de extensão universitária e atuado como professora em cursinhos populares. | ||
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A deriva genética é uma das quatro forças evolutivas e pode ser definida como: mudanças aleatórias nas frequências alélicas de uma população (RIDLEY, 2006). Considerando apenas a ação da deriva genética, para um gene bialélico, as probabilidades das frequências alélicas na geração seguinte podem ser calculadas pelo uso da distribuição binomial. Este é o Modelo Wright-Fischer que tem as seguintes premissas: (1) uma população de //N// indivíduos tem //2N// alelos; (2) a próxima geração terá //2N// alelos, sorteados ao acaso dentre os milhões de gametas produzidos na geração anterior; (3) todos os gametas têm chance idêntica de serem sorteados (não há seleção); (4) não há mutação ou migração e os cruzamentos se dão ao acaso (MEYER, 2016). | A deriva genética é uma das quatro forças evolutivas e pode ser definida como: mudanças aleatórias nas frequências alélicas de uma população (RIDLEY, 2006). Considerando apenas a ação da deriva genética, para um gene bialélico, as probabilidades das frequências alélicas na geração seguinte podem ser calculadas pelo uso da distribuição binomial. Este é o Modelo Wright-Fischer que tem as seguintes premissas: (1) uma população de //N// indivíduos tem //2N// alelos; (2) a próxima geração terá //2N// alelos, sorteados ao acaso dentre os milhões de gametas produzidos na geração anterior; (3) todos os gametas têm chance idêntica de serem sorteados (não há seleção); (4) não há mutação ou migração e os cruzamentos se dão ao acaso (MEYER, 2016). | ||
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Alternativamente à solução analítica, a probabilidade de um alelo se manter na população com determinada frequência pode ser estimada por meio de simulações. Para esta estimativa, é necessário levar em consideração: o número de indivíduos na população, o número de gerações, a frequência inicial do alelo e o número de populações a serem simuladas. Com estes parâmetros, a função proposta realizaria as simulações, apresentando no final: um gráfico com as trajetórias individuais de cada população, um histograma com as frequências finais nas populações e o p-valor. Em outras palavras, ela responderia a pergunta: "Qual é a probabilidade que após //n// gerações em //X// populações de tamanho //N//, a frequência do alelo A (gene bialélico) seja //Y//?". | Alternativamente à solução analítica, a probabilidade de um alelo se manter na população com determinada frequência pode ser estimada por meio de simulações. Para esta estimativa, é necessário levar em consideração: o número de indivíduos na população, o número de gerações, a frequência inicial do alelo e o número de populações a serem simuladas. Com estes parâmetros, a função proposta realizaria as simulações, apresentando no final: um gráfico com as trajetórias individuais de cada população, um histograma com as frequências finais nas populações e o p-valor. Em outras palavras, ela responderia a pergunta: "Qual é a probabilidade que após //n// gerações em //X// populações de tamanho //N//, a frequência do alelo A (gene bialélico) seja //Y//?". | ||
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=== Contextualização === | === Contextualização === | ||
- | A Estação Biologia (http://www.ib.usp.br/estacaobiologia/) é um projeto de extensão universitária do Instituto de Biociências da USP que tem como principal objetivo a recepção de visitas escolares. Uma das atividades que é oferecida para os visitantes é o Jogo dos Micos, que foi desenvolvido com base em uma atividade de {{:bie5782:01_curso_atual:alunos:trabalho_final:carol.mendonca.bio:pega-pega_ecolo_gico.pdf|dramatização de presa e predador}}. Os alunos são divididos em três grupos (plantas, micos e jaguatiricas) e o jogo consiste em várias rodadas de pega-pega. Em cada uma delas, os micos tentam comer as plantas e as jaguatiricas os micos. Ao término da rodada, os papéis são redistribuídos como é ilustrado na figura abaixo. | + | A Estação Biologia (http://www.ib.usp.br/estacaobiologia/) é um projeto de extensão universitária do Instituto de Biociências da USP que tem como principal objetivo a recepção de visitas escolares. Uma das atividades que é oferecida para os visitantes é o Jogo dos Micos, que foi desenvolvido com base em uma atividade de {{:01_curso_atual:alunos:trabalho_final:carol.mendonca.bio:pega-pega_ecolo_gico.pdf|dramatização de presa e predador}}. Os alunos são divididos em três grupos (plantas, micos e jaguatiricas) e o jogo consiste em várias rodadas de pega-pega. Em cada uma delas, os micos tentam comer as plantas e as jaguatiricas os micos. Ao término da rodada, os papéis são redistribuídos como é ilustrado na figura abaixo. |
- | {{ :bie5782:01_curso_atual:alunos:trabalho_final:carol.mendonca.bio:jogo_dos_micos.jpg |}} | + | {{ :01_curso_atual:alunos:trabalho_final:carol.mendonca.bio:jogo_dos_micos.jpg |}} |
O principal objetivo da atividade é mostrar a robustez da comunidade, isto é: mesmo que as crianças tenham trocado de papel ao longo do jogo, as três classes de espécie ainda permanecem. Para enfatizar a importância de cada uma das espécies, pode ser feita uma rodada extra em que uma das classes não está presente. Por exemplo: se as plantas não participarem, os micos serão todos predados e virarão jaguatiricas. Na próxima rodada, faltará alimento para as jaguatiricas e todas acabarão virando planta. A dúvida em relação à atividade é a proporção das classes que maximize a permanência de todas elas no jogo. Em outras palavras: "Dado um número //X// de crianças, quantas devem estar em cada classe de forma que todas as classes permaneçam no jogo por mais tempo?". | O principal objetivo da atividade é mostrar a robustez da comunidade, isto é: mesmo que as crianças tenham trocado de papel ao longo do jogo, as três classes de espécie ainda permanecem. Para enfatizar a importância de cada uma das espécies, pode ser feita uma rodada extra em que uma das classes não está presente. Por exemplo: se as plantas não participarem, os micos serão todos predados e virarão jaguatiricas. Na próxima rodada, faltará alimento para as jaguatiricas e todas acabarão virando planta. A dúvida em relação à atividade é a proporção das classes que maximize a permanência de todas elas no jogo. Em outras palavras: "Dado um número //X// de crianças, quantas devem estar em cada classe de forma que todas as classes permaneçam no jogo por mais tempo?". | ||
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Para responder essa pergunta, é necessário levar em consideração a probabilidade de transição ou de permanência em cada uma das classes. Para estimá-las, seriam feitas medidas empíricas durante o jogo, levando em consideração as possíveis diferenças entre meninas e meninos. Assim, na matriz de transição mostrada abaixo, cada uma das probabilidade é na verdade uma somatória de 4 probabilidades: p(menina pegar menina), p(menina pegar menino), p(menino pegar menino) e p(menino pegar menina). A função proposta receberia o número de crianças presentes e faria simulações para determinar quantas devem ser alocadas em cada classe para que o jogo dure mais tempo. Para isso, seriam feitas multiplicações sucessivas de matrizes até que uma das classes não esteja mais presente. | Para responder essa pergunta, é necessário levar em consideração a probabilidade de transição ou de permanência em cada uma das classes. Para estimá-las, seriam feitas medidas empíricas durante o jogo, levando em consideração as possíveis diferenças entre meninas e meninos. Assim, na matriz de transição mostrada abaixo, cada uma das probabilidade é na verdade uma somatória de 4 probabilidades: p(menina pegar menina), p(menina pegar menino), p(menino pegar menino) e p(menino pegar menina). A função proposta receberia o número de crianças presentes e faria simulações para determinar quantas devem ser alocadas em cada classe para que o jogo dure mais tempo. Para isso, seriam feitas multiplicações sucessivas de matrizes até que uma das classes não esteja mais presente. | ||
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=== Planejamento da função === | === Planejamento da função === |